segunda-feira, 6 de julho de 2009

Texto Hilário

Pessoal, um amigo meu cheio de graça me mandou este email dizendo que "apesar de eu não ser homem, ele se lembrou de mim ao ler este texto". HAHAHAHAHA

Acho que ele tá tirando onda da minha cara... Será???? :-)

(Leia, é MUITO bom).

"Todo homem sofre da "síndrome Paulo Maluf" e pensa que tudo na vidadele deve ter cara de grande obra.Comida, por exemplo.Tem coisa mais irritante que homem na cozinha?Pois os moços passaram séculos longe do fogão e, como não poderiadeixar de ser, no momento em que colocaram os pés 44 naqueleterritório,viraram todos, chefs'. Você dá o maior duro azarando o cara, finalmente, descola um convitee sai de casa, crente que "quer jantar na minha casa?" significa"oba, vai rolar sexo"! Toca a campainha vestida para matar e sem calcinha sob o modelitovermelho, levando debaixo do braço aquele tinto francês que comprou no supermercado, seguindo seu infalível critério de "rótulo bacaninhaque lembra gravura 'art nouveau' do Alphonse Mucha". Aqui, primeira dica importante: não ouse dizer que o vinho veio do Carrefour, senão você vai ouvir uma longa preleção mais ou menos nalinha "eles deixam as garrafas em pé... blablabla... vinho europeunão viaja bem...blablabla... a rolha resseca... blablabla..." (serolar, não se esqueça de balançar a cabeça concordando com ele,combinado?). Também nem tente argumentar qualquer coisa, confiando naquele cursode degustação de vinhos que você fez há quatro anos, lembra? Lembranada!, você saía totalmente chumbada de lá todas às vezes... Pois para sua decepção, quem estará à porta, será uma criatura com ar grave de alquimista prestes a descobrir o segredo de Midas,reclamando da dificuldade de se encontrar uma boa pimenta jamaicana,segurando uma bugiganga Le Creuset de tirar a pele de legumes,embrulhado em um avental imenso, engomado, com monograma bordado,imaculadamente branco e, para o seu azar, sem aquela abertura atrás -e você, louca pra vê-lo cozinhando um miojo de bum-bum de fora, né?
Confessa... É compreensível, meninas. Os homens estão sofrendo de uma espécie denovo-riquismo culinário. O gourmet requintado em que ele se transformou ontem, jamais passariapela humilhação de pilotar um fogão como o seu, cujo máximo de avanço tecnológico é a lâmpada amarelada do forno. Não, ele torrou 22 mil dólares num Ilve italiano de sete bocas, comgrelha, chapa infravermelha para aquecer comida e dois fornosprogramáveis. Fazer as poções mágicas em panelinhas com teflon pra lavar mais facilmente? Seria muita pobreza, para quem comprou uma 'poissonnière' de cobrecom interior revestido de estanho, só para fazer peixes no vapor ("uma pechincha, 250 dólares"). Conjuntinho de facas como aquelas que você ganhou de presente datia-avó no primeiro casamento? Jamais! No entender dele, nenhuma matéria-prima de manjar dos deuses, merecemenos que facas artesanais Zakharov com cabo de osso e madeira. Duas horas e meia depois, o jantar está servido. Sabe aquele frango refogado que você faz em vinte minutos, jogando umpunhado de temperos a olho? É mais ou menos isso, só que coberto por uma finíssima fatia demanga, arrematada com umas três ou quatro lascas de gengibre. Isso se não vier acompanhado daquele molho de ervas que não combinacom nada, e ele insiste em colocar em tudo. E pensar que você estava rezando pra que aquela manga fosse virarsobremesa, escoltada por uma bolota de um reles sorvetinho da Kibon... Conselho de quem não quer que você arruine definitivamente a noite:tem de dizer que ele tá "ali, ó" com Emmanuel Bassoleil. Não, melhor ainda: foi um prato comparável ao poulet do Paul Bocuse. Fim do banquete, vá arregaçando as mangas para ajudar a lavar louça. Se deixar por conta dele, serão mais duas horas esfregando as trêspanelas de cobre, duas de pedra sabão e o processador de alimentosque sujou 17 peças pra picar salsinha, equipamentos rigorosamentenecessários para cozinhar uns 250g de frango. Hora do café, hora do relax, certo? Pelo menos agora, você finalmente vai experimentar a tal griffe 'Illycaffè', que custou a ele uma nota preta, sem imaginar que o elogiadíssimo blend tem cerca de dois terços de café brasileiro. Quando a água ferve, ele grita e de um salto, chega ao coador. Queimadura? Não, puro horror, porque "água para café não pode ferver de jeito nenhum". Ah, que saudades daquele tempo em que cozinhávamos com um "ajudante"tarado, encoxando a gente na pia...

Brioches para um dia chuvoso

Semana passada, especificamente na quinta-feira, foi um dia terrível, típico de inverno.Não que eu não goste desta época do ano, muuuito pelo contrário. Entretanto dias assim, chuvosos, frios e cinzentos não deixam ninguém pulando de felicidade.

Aproveitando que eu tinha motivos para querer cortar os pulsos naquele dia triste, resolvi fazer terapia: brioches au chocolat!


Eu nunca havia testado fazer este tipo de massa, que vai uma quantidade razoável de açúcar e muita, mas MUITA gordura (manteiga). Brioches, assim como outros pães doces, são massas bem molinhas, e quem nunca as fez olha aquela melequeira e pensa: ah, isso NÃO vai dar certo! E tchá, mete mais farinha! Aí não dá certo messsmo.


Explicando: a massa leva uma quantidade grande de líquidos (ovos), e por isso é impossível querer sovar na mão. Use uma batedeira com o gancho em forma de raquele e nunca, NUNCA caia na tentação de acrescentar mais farinha, ou você terá um bolo ao invés de lindas e cheirosas brioches.


Primeiro faça a esponja (fermento, água morna, 1/2 xíc farinha e uma cc de açúcar). Deixe descansar por uns 15 min, ou que comece a borbulhar - este método é o chamado sponge method).


Numa tigelinha, bata os ovos e acrescente à esponja acima. Vá batendo tudo na batedeira, ao mesmo tempo em que acrescenta o restante da farinha e do açúcar e o sal. Bata bastante (deixei uns 15 min), ou até que a massa fique bem elástica. Atenção: nesta etapa bate uma vontade incontrolável de add mais farinha - a massa estará super mole e você duvidará que aquela monstrenga vá se tornar algo comível. Trust me!


Deixe descansar por +- 1h30min ou até que dobre o tamanho (como fiz num dia super úmido e frio, levou + de 2h).


Pegue a manteiga (tem que estar bem molinha, em formato de puree, mas não derretida), as pastilhas de chocolate e a uva passa e add à mistura e bata novamente, até que tudo esteja bem incorporado. Veja, ao contrário das outras massas, a gordura só é acrescentada à massa depois que ela já passou pela primeira fermentação. Isso se dá porque com muita gordura e açúcar o gluten não se desenvolve, o que é fundamental para pães.


Distribua a massa no molde que desejar (se quiser brioches individuais, coloque em forminhas para muffins ou aquelas fundas para empadas) e deixe descansar novamente até que dobrem o volume - a minha levou quase 2h. Pincele com um ovo batido e leve ao forno pré aquecido a 200 graus e cozinhe por 20 min.


O cheiro que exala da cozinha quando as brioches estão assando é indescritível! Fora que ficam lindas, mesmo para quem, assim como eu, nunca havia se aventurado.


Depois de assadas, você verá que são PERFEITAS para quintas-feiras chuvosas e tristes. Ou simplesmente para quando você precisa aquecer seu coração :-)




Ingredientes:



- 4g de fermento ativo seco

- 1/2 xíc água morna

- 1 cs açúcar

- 1 1/2 xíc farinha

- 4 ovos

- 1/4 xíc açúcar

- 115g manteiga amolecida

- 1/2 xíc uva passa

- 1/2 xíc chocolate em gotas ou pedaços pequenos

- 1 pitada sal

- 1 ovo batido para pincelar



Au Revoir!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Como fazer uma pessoa feliz

Às vezes não nos damos conta do quanto é fácil agradar alguém, do quanto pequenas atitudes podem representar tanto para o outro.

Desde que comecei minhas aventuras gastronômicas (há dois anos), sempre levo "presentinhos" para meus amigos. O primeiro "Devil´s Food Cake" que fiz levei para meu querido arquiteto, o Nilton. Já o pessoal do escritório do meu marido sempre ganha cookies. O pessoal da CartaCapital adorava meus bolos integrais (se bem que aqueles lá ficariam felizes até com bolo de pedra, hehehehe), e meus amigos do vinho já comeram muuuitos muffins quentinhos.

O fato é que ontem à noite me dei conta de que não havia comprado nada para a Anelita, minha secretária, e hoje é aniversário dela. Bom, como não poderia deixar de passar em branco, fui para a cozinha preparar uns cupcakes, e resolvi caprichar. Fiz a massa cor de rosa (tipo pink velvet), decorei com buttercream colorido e salpiquei chocolate branco, pra dar o toque final. Ficaram lindos! Até o Lu, quando chegou em casa, disse que "pareciam de confeiteira profissional". Ok, ok, depois ele soltou um "só não tenho coragem de comer, onde já se viu bolo cor de rosa??? É esquisito demais". Affff! Santa paciência! (ainda bem que não eram pra ele, hehehe).

Hoje cedo, assim que ela chegou e viu a surpresa, ficou tão feliz, tão feliz! Depois eu vim a saber, pela moça que trabalha na casa ao lado, que ela disse que foi o melhor presente que ela já havia ganho, que nunca ninguém havia feito nada parecido no aniversário dela.

Fala sério, vocês não acham que depois de saber disso quem saiu ganhando fui eu? Quer coisa mais gostosa que saber que você, com uma atitude tão simples, fez uma pessoa tão feliz?

Tirei fotos com meu celular, depois as coloco aqui.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Decepções Gastronômicas Parte 1

Hoje, quando ouço pessoas reverberando que em São Paulo come-se muito bem, que há ótimos restaurantes, blábláblábláblá, penso que talvez eu esteja indo aos lugares errados.

Para mim, frequentar restaurantes aqui em São Paulo tem sido experiências muito mais "cômicas" do que "gastronômicas". Como a profissão de chef hoje tem um certo glamour, qualquer um que tenha feito um curso de um ano ou uma faculdade já se auto entitula chef de cozinha. É no mínimo ridículo. E com isso, pipocam cada vez mais restaurantes servindo comida insossa. Agora qualquer garoto de 22 anos monta um belo prato, em geral cheio de "reduções" para colorir (que na verdade só mascaram o sabor do prato principal, uma vez que têm sabor super acentuado) e então apresentam como se fosse um troféu dizendo tratar-se de uma "releitura".


Vou contar minhas últimas experiências aqui. Aposto todos já passaram por situações semelhantes. Esta é a primeira delas.

Bistrô Ville du Vin

Fui jantar com umas amigas em Moema, Bistrô Ville du Vin. O lugar era metido a sofisticado, pedi mesa para 4 e fui logo abordada por alguém que parecia o gerente da casa me perguntando se eu havia feito a reserva. Era uma terça feira, 21h, olhei no interior do restaurante e havia uma, UMA mesa ocupada. Fiz uma cara de ponto de interrogação, mas o cara com a prancheta em mãos me olhava tão fixamente que me senti uma jeca tatu. Pensei comigo mesma "Como é que eu venho num lugar sofisticado desses e não faço reserva? Sua caipira!" Perguntei quase que sussurando se o local estava lotado. "Não", ele respondeu. Não MESMO, saímos de lá quase 11 da noite e o local só teve 3 mesas ocupadas.

Pedimos a carta de vinhos. Mais uma surpresa. O garçom, como quem havia acabado de decorar o texto, nos disse que "poderíamos navegar pela loja e escolher o vinho". Ué, agora o verbo navegar também se aplica a "escolher um dos vinhos em exposição" ???

Como eu havia dado uma boa olhada no cardápio, achei estranho quando nossos pratos chegaram em 15 minutos. Tratava-se de um menu super elaborado, e com minha pouca experiência, julguei ser impossível que tivessem feito tudo na hora. Dito e feito. Nenhum prato estava bom. Longe disso. Meu prato, um tortolonne de pato com chutney de manga ao pesto de hortelã estava super oleoso, a manteiga do molho estava ransosa e o hortelã, forte demais para tantos sabores, dominou completamente o prato.

Chegou a hora da sobremesa: pedimos apenas duas, um cheesecake (R$25,00) que, segundo o maitre, era maravilhoso, e uma tarte tartin (R$ 21,50). Básico, não? Pois não é que conseguiram errar também nisso? A cheesecake foi claramente descongelada no microondas (havia pedaços quentes e outros gelados), e a tarte tartin, bem essa merece uma bela descrição. Primeiro o cara colocou o prato na mesa com a sobremesa, míni, dizendo que era uma "releitura de tarte tartin". Olhamos para a sobremesa com o maior preconceito, afinal quem tem CORAGEM de chamar uma massa folhada intercalada com maçã e coberta com uma calda melada de tarte tartin???

Grand finale... 140 reais per capita. Pra comer manteiga ransosa e "releitura" de tarte tartin. Óbvio que tinha que pagar caro. Pra nunca mais ter coragem de voltar!

Au revoir!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Xô falta de Inspiração!

Ontem me dei conta de que não posto nada há quase 20 dias. É muito, mas MUITO tempo para quem pretende ter um blog que seja acessado por um número mínimo de pessoas, nem que seja só pelos meus amigos mais chegados.

O fato é que andei com um montão de problemas a serem resolvidos, e não sei por que uma inércia se apossou de mim como nunca. Isso quase me enlouqueceu. É horrível vc pensar em seus problemas, saber que precisa levantar a cabeça e ir em frente mas não conseguir fazer nada. E isso de ficar adiando resoluções urgentes só me deixa mais e mais deprimida.

Pois ainda bem que essa urucubaca passou. Ah como é bom trabalhar, ficar com a cabeça ativa, tocar projetos bacanas, ah.... Como é bom! :-)

E para comemorar a volta ao blog, aí vai uma receitinha totalmente adaptada da bíblia "Professional Baking". Quem puder, encomende na Amazon. Tenho aprendido MUITO com ele.

Pain Au Lait de Linhaça

Ingredientes

- 10g de fermento fresco
- 166g de leite morno
- 250g de farinha de trigo branca
- 50g de farinha de centeio
- 20g de farinha de linhaça
- 13g de linhaça em grãos
- 33g de açúcar mascavo
- 8g de sal
- 33g de ovos
- 50g de azeite de oliva
- 4g de mel

Preparo

1) Misturar os ingredientes secos, fazer um furo no meio e acrescentar os líquidos.
2) Sovar na mão ou na batedeira (com gancho) até o glúten se desenvolver (você perceberá que a massa começará a desgrudar das mãos, formando uma bola - isso ocorre após uns 15 minutos de sova)
3) Descansar até dobrar de volume (+- 1h 30 min)
4) Moldar o pão
5) Descansar até dobrar de volume
6) Em forno pré aquecido a 210 graus, assar por uns 40 min ou até que um som oco seja emitido batendo o fundo do pão com as mãos.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Época de Ponkans!


Este final de semana fui para o sítio de uma amigona, e seu vizinho tem uma plantação LINDA de ponkans. Que delícia! Como as frutas tinham amadurecido no pé, o sabor é outro! Super docinhas!

Como agora é época, estou a procura de receitas com esta fruta super saborosa. Achei algumas, mas uma delas em especial me chamou a atenção: achei no blog da Ana, o La Cucinetta. É uma receita da Nigella, vou procurar a original no site depois conto como ficou.
Se aprovada, depois posto aqui!

Olhem que fotos lindas! E olha que já haviam feito a colheita, e mesmo assim, os pés estavam lotados!

Bolo da Bi

Minha irmã resolveu aprender a cozinhar. Oh Yes, para minha surpresa e espanto. E resolveu começar a aprender logo com o quê???? Um bolinho de cenoura de liquidificador? NÃO. Mousse de chocolate? NÃO. Spaghetti? NÃO.

Sua escolha foi... risoto de camarão.

...

Eu diria que não é exatamente a comida mais apropriada para uma iniciante, mas o namorado pediu e lá foi ela.

Para os leigos, um risoto desses para ficar bom precisa ter o caldo feito com as cascas dos crustáceos, o camarão tem que ser levemente frito para não ficar borrachudo... Enfim, algumas técnicas que uma pessoa que não sabe nem a diferença entre lula e polvo teria uma "certa" dificuldade. Enfim, tentei argumentar que talvez fosse mais conveniente um risoto com funghi, mas não obtive sucesso. Ela estava decidida a fazer o que o namo pediu (ai, o que não fazemos em início de namoro...).

Bom, depois de umas 345 ligações para saber se "1 kg é suficiente para 2 pessoas", ou "como frito o camarão?" ou então "qual a diferença entre camarão congelado e o fresco?", lá foi ela pra a cozinha.

P.S. Nem o mis en place ela queria deixar pronto com antecedência...

No dia seguinte liguei assim que acordei para saber do resultado... Não havia sobrado quase nada! E olha que ela NÃO gosta de camarão! hehehe...

Bom, em homenagem a nova mestre cuca, posto uma receita BEEEM "simplinha" de um bolo de milho que ela me ensinou a fazer. É MUITO, MUITO gostoso! Aproveitem que agora é época de milho!


Bolo de Milho Verde (by minha irmã Bianca)
















Ingredientes

- 2 latas de milho verde escorrido
- 1 lata de leite condensado
- 1 colher (sopa) de manteiga em temperatura ambiente
- 2 colheres (sopa) de fermento em pó
- 4 ovos
- 2 colheres de sopa açúcar
- 1 pacote de coco ralado em flocos (100 g)





Modo de Fazer

Num liquidificador, bata bem todos os ingredientes até que o milho esteja bem batido (tem que desmanchar).

Transfira para uma tigela e acrescente 1 pacote de coco ralado e misture com uma espátula.

Numa forma redonda, bem untada, despeje a mistura. Asse em forno pré-aquecido a 180ºC por cerca de 40 min até ficar corado.