Às vezes não nos damos conta do quanto é fácil agradar alguém, do quanto pequenas atitudes podem representar tanto para o outro.
Desde que comecei minhas aventuras gastronômicas (há dois anos), sempre levo "presentinhos" para meus amigos. O primeiro "Devil´s Food Cake" que fiz levei para meu querido arquiteto, o Nilton. Já o pessoal do escritório do meu marido sempre ganha cookies. O pessoal da CartaCapital adorava meus bolos integrais (se bem que aqueles lá ficariam felizes até com bolo de pedra, hehehehe), e meus amigos do vinho já comeram muuuitos muffins quentinhos.
O fato é que ontem à noite me dei conta de que não havia comprado nada para a Anelita, minha secretária, e hoje é aniversário dela. Bom, como não poderia deixar de passar em branco, fui para a cozinha preparar uns cupcakes, e resolvi caprichar. Fiz a massa cor de rosa (tipo pink velvet), decorei com buttercream colorido e salpiquei chocolate branco, pra dar o toque final. Ficaram lindos! Até o Lu, quando chegou em casa, disse que "pareciam de confeiteira profissional". Ok, ok, depois ele soltou um "só não tenho coragem de comer, onde já se viu bolo cor de rosa??? É esquisito demais". Affff! Santa paciência! (ainda bem que não eram pra ele, hehehe).
Hoje cedo, assim que ela chegou e viu a surpresa, ficou tão feliz, tão feliz! Depois eu vim a saber, pela moça que trabalha na casa ao lado, que ela disse que foi o melhor presente que ela já havia ganho, que nunca ninguém havia feito nada parecido no aniversário dela.
Fala sério, vocês não acham que depois de saber disso quem saiu ganhando fui eu? Quer coisa mais gostosa que saber que você, com uma atitude tão simples, fez uma pessoa tão feliz?
Tirei fotos com meu celular, depois as coloco aqui.
terça-feira, 30 de junho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Decepções Gastronômicas Parte 1
Hoje, quando ouço pessoas reverberando que em São Paulo come-se muito bem, que há ótimos restaurantes, blábláblábláblá, penso que talvez eu esteja indo aos lugares errados.
Para mim, frequentar restaurantes aqui em São Paulo tem sido experiências muito mais "cômicas" do que "gastronômicas". Como a profissão de chef hoje tem um certo glamour, qualquer um que tenha feito um curso de um ano ou uma faculdade já se auto entitula chef de cozinha. É no mínimo ridículo. E com isso, pipocam cada vez mais restaurantes servindo comida insossa. Agora qualquer garoto de 22 anos monta um belo prato, em geral cheio de "reduções" para colorir (que na verdade só mascaram o sabor do prato principal, uma vez que têm sabor super acentuado) e então apresentam como se fosse um troféu dizendo tratar-se de uma "releitura".
Vou contar minhas últimas experiências aqui. Aposto todos já passaram por situações semelhantes. Esta é a primeira delas.
Bistrô Ville du Vin
Fui jantar com umas amigas em Moema, Bistrô Ville du Vin. O lugar era metido a sofisticado, pedi mesa para 4 e fui logo abordada por alguém que parecia o gerente da casa me perguntando se eu havia feito a reserva. Era uma terça feira, 21h, olhei no interior do restaurante e havia uma, UMA mesa ocupada. Fiz uma cara de ponto de interrogação, mas o cara com a prancheta em mãos me olhava tão fixamente que me senti uma jeca tatu. Pensei comigo mesma "Como é que eu venho num lugar sofisticado desses e não faço reserva? Sua caipira!" Perguntei quase que sussurando se o local estava lotado. "Não", ele respondeu. Não MESMO, saímos de lá quase 11 da noite e o local só teve 3 mesas ocupadas.
Pedimos a carta de vinhos. Mais uma surpresa. O garçom, como quem havia acabado de decorar o texto, nos disse que "poderíamos navegar pela loja e escolher o vinho". Ué, agora o verbo navegar também se aplica a "escolher um dos vinhos em exposição" ???
Como eu havia dado uma boa olhada no cardápio, achei estranho quando nossos pratos chegaram em 15 minutos. Tratava-se de um menu super elaborado, e com minha pouca experiência, julguei ser impossível que tivessem feito tudo na hora. Dito e feito. Nenhum prato estava bom. Longe disso. Meu prato, um tortolonne de pato com chutney de manga ao pesto de hortelã estava super oleoso, a manteiga do molho estava ransosa e o hortelã, forte demais para tantos sabores, dominou completamente o prato.
Chegou a hora da sobremesa: pedimos apenas duas, um cheesecake (R$25,00) que, segundo o maitre, era maravilhoso, e uma tarte tartin (R$ 21,50). Básico, não? Pois não é que conseguiram errar também nisso? A cheesecake foi claramente descongelada no microondas (havia pedaços quentes e outros gelados), e a tarte tartin, bem essa merece uma bela descrição. Primeiro o cara colocou o prato na mesa com a sobremesa, míni, dizendo que era uma "releitura de tarte tartin". Olhamos para a sobremesa com o maior preconceito, afinal quem tem CORAGEM de chamar uma massa folhada intercalada com maçã e coberta com uma calda melada de tarte tartin???
Grand finale... 140 reais per capita. Pra comer manteiga ransosa e "releitura" de tarte tartin. Óbvio que tinha que pagar caro. Pra nunca mais ter coragem de voltar!
Au revoir!
Para mim, frequentar restaurantes aqui em São Paulo tem sido experiências muito mais "cômicas" do que "gastronômicas". Como a profissão de chef hoje tem um certo glamour, qualquer um que tenha feito um curso de um ano ou uma faculdade já se auto entitula chef de cozinha. É no mínimo ridículo. E com isso, pipocam cada vez mais restaurantes servindo comida insossa. Agora qualquer garoto de 22 anos monta um belo prato, em geral cheio de "reduções" para colorir (que na verdade só mascaram o sabor do prato principal, uma vez que têm sabor super acentuado) e então apresentam como se fosse um troféu dizendo tratar-se de uma "releitura".
Vou contar minhas últimas experiências aqui. Aposto todos já passaram por situações semelhantes. Esta é a primeira delas.
Bistrô Ville du Vin
Fui jantar com umas amigas em Moema, Bistrô Ville du Vin. O lugar era metido a sofisticado, pedi mesa para 4 e fui logo abordada por alguém que parecia o gerente da casa me perguntando se eu havia feito a reserva. Era uma terça feira, 21h, olhei no interior do restaurante e havia uma, UMA mesa ocupada. Fiz uma cara de ponto de interrogação, mas o cara com a prancheta em mãos me olhava tão fixamente que me senti uma jeca tatu. Pensei comigo mesma "Como é que eu venho num lugar sofisticado desses e não faço reserva? Sua caipira!" Perguntei quase que sussurando se o local estava lotado. "Não", ele respondeu. Não MESMO, saímos de lá quase 11 da noite e o local só teve 3 mesas ocupadas.Pedimos a carta de vinhos. Mais uma surpresa. O garçom, como quem havia acabado de decorar o texto, nos disse que "poderíamos navegar pela loja e escolher o vinho". Ué, agora o verbo navegar também se aplica a "escolher um dos vinhos em exposição" ???
Como eu havia dado uma boa olhada no cardápio, achei estranho quando nossos pratos chegaram em 15 minutos. Tratava-se de um menu super elaborado, e com minha pouca experiência, julguei ser impossível que tivessem feito tudo na hora. Dito e feito. Nenhum prato estava bom. Longe disso. Meu prato, um tortolonne de pato com chutney de manga ao pesto de hortelã estava super oleoso, a manteiga do molho estava ransosa e o hortelã, forte demais para tantos sabores, dominou completamente o prato.
Chegou a hora da sobremesa: pedimos apenas duas, um cheesecake (R$25,00) que, segundo o maitre, era maravilhoso, e uma tarte tartin (R$ 21,50). Básico, não? Pois não é que conseguiram errar também nisso? A cheesecake foi claramente descongelada no microondas (havia pedaços quentes e outros gelados), e a tarte tartin, bem essa merece uma bela descrição. Primeiro o cara colocou o prato na mesa com a sobremesa, míni, dizendo que era uma "releitura de tarte tartin". Olhamos para a sobremesa com o maior preconceito, afinal quem tem CORAGEM de chamar uma massa folhada intercalada com maçã e coberta com uma calda melada de tarte tartin???
Grand finale... 140 reais per capita. Pra comer manteiga ransosa e "releitura" de tarte tartin. Óbvio que tinha que pagar caro. Pra nunca mais ter coragem de voltar!
Au revoir!
terça-feira, 23 de junho de 2009
Xô falta de Inspiração!
Ontem me dei conta de que não posto nada há quase 20 dias. É muito, mas MUITO tempo para quem pretende ter um blog que seja acessado por um número mínimo de pessoas, nem que seja só pelos meus amigos mais chegados.
O fato é que andei com um montão de problemas a serem resolvidos, e não sei por que uma inércia se apossou de mim como nunca. Isso quase me enlouqueceu. É horrível vc pensar em seus problemas, saber que precisa levantar a cabeça e ir em frente mas não conseguir fazer nada. E isso de ficar adiando resoluções urgentes só me deixa mais e mais deprimida.
Pois ainda bem que essa urucubaca passou. Ah como é bom trabalhar, ficar com a cabeça ativa, tocar projetos bacanas, ah.... Como é bom! :-)
E para comemorar a volta ao blog, aí vai uma receitinha totalmente adaptada da bíblia "Professional Baking". Quem puder, encomende na Amazon. Tenho aprendido MUITO com ele.

Pain Au Lait de Linhaça
Ingredientes
- 10g de fermento fresco
- 166g de leite morno
- 250g de farinha de trigo branca
- 50g de farinha de centeio
- 20g de farinha de linhaça
- 13g de linhaça em grãos
- 33g de açúcar mascavo
- 8g de sal
- 33g de ovos
- 50g de azeite de oliva
- 4g de mel
Preparo
1) Misturar os ingredientes secos, fazer um furo no meio e acrescentar os líquidos.
2) Sovar na mão ou na batedeira (com gancho) até o glúten se desenvolver (você perceberá que a massa começará a desgrudar das mãos, formando uma bola - isso ocorre após uns 15 minutos de sova)
3) Descansar até dobrar de volume (+- 1h 30 min)
4) Moldar o pão
5) Descansar até dobrar de volume
6) Em forno pré aquecido a 210 graus, assar por uns 40 min ou até que um som oco seja emitido batendo o fundo do pão com as mãos.
O fato é que andei com um montão de problemas a serem resolvidos, e não sei por que uma inércia se apossou de mim como nunca. Isso quase me enlouqueceu. É horrível vc pensar em seus problemas, saber que precisa levantar a cabeça e ir em frente mas não conseguir fazer nada. E isso de ficar adiando resoluções urgentes só me deixa mais e mais deprimida.
Pois ainda bem que essa urucubaca passou. Ah como é bom trabalhar, ficar com a cabeça ativa, tocar projetos bacanas, ah.... Como é bom! :-)
E para comemorar a volta ao blog, aí vai uma receitinha totalmente adaptada da bíblia "Professional Baking". Quem puder, encomende na Amazon. Tenho aprendido MUITO com ele.
Pain Au Lait de Linhaça
Ingredientes
- 10g de fermento fresco
- 166g de leite morno
- 250g de farinha de trigo branca
- 50g de farinha de centeio
- 20g de farinha de linhaça
- 13g de linhaça em grãos
- 33g de açúcar mascavo
- 8g de sal
- 33g de ovos
- 50g de azeite de oliva
- 4g de mel
Preparo
1) Misturar os ingredientes secos, fazer um furo no meio e acrescentar os líquidos.
2) Sovar na mão ou na batedeira (com gancho) até o glúten se desenvolver (você perceberá que a massa começará a desgrudar das mãos, formando uma bola - isso ocorre após uns 15 minutos de sova)
3) Descansar até dobrar de volume (+- 1h 30 min)
4) Moldar o pão
5) Descansar até dobrar de volume
6) Em forno pré aquecido a 210 graus, assar por uns 40 min ou até que um som oco seja emitido batendo o fundo do pão com as mãos.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Época de Ponkans!

Este final de semana fui para o sítio de uma amigona, e seu vizinho tem uma plantação LINDA de ponkans. Que delícia! Como as frutas tinham amadurecido no pé, o sabor é outro! Super docinhas!
Como agora é época, estou a procura de receitas com esta fruta super saborosa. Achei algumas, mas uma delas em especial me chamou a atenção: achei no blog da Ana, o La Cucinetta. É uma receita da Nigella, vou procurar a original no site depois conto como ficou.
Se aprovada, depois posto aqui!
Olhem que fotos lindas! E olha que já haviam feito a colheita, e mesmo assim, os pés estavam lotados!
Bolo da Bi
Minha irmã resolveu aprender a cozinhar. Oh Yes, para minha surpresa e espanto. E resolveu começar a aprender logo com o quê???? Um bolinho de cenoura de liquidificador? NÃO. Mousse de chocolate? NÃO. Spaghetti? NÃO.
Sua escolha foi... risoto de camarão.
...
Eu diria que não é exatamente a comida mais apropriada para uma iniciante, mas o namorado pediu e lá foi ela.
Para os leigos, um risoto desses para ficar bom precisa ter o caldo feito com as cascas dos crustáceos, o camarão tem que ser levemente frito para não ficar borrachudo... Enfim, algumas técnicas que uma pessoa que não sabe nem a diferença entre lula e polvo teria uma "certa" dificuldade. Enfim, tentei argumentar que talvez fosse mais conveniente um risoto com funghi, mas não obtive sucesso. Ela estava decidida a fazer o que o namo pediu (ai, o que não fazemos em início de namoro...).
Bom, depois de umas 345 ligações para saber se "1 kg é suficiente para 2 pessoas", ou "como frito o camarão?" ou então "qual a diferença entre camarão congelado e o fresco?", lá foi ela pra a cozinha.
P.S. Nem o mis en place ela queria deixar pronto com antecedência...
No dia seguinte liguei assim que acordei para saber do resultado... Não havia sobrado quase nada! E olha que ela NÃO gosta de camarão! hehehe...
Bom, em homenagem a nova mestre cuca, posto uma receita BEEEM "simplinha" de um bolo de milho que ela me ensinou a fazer. É MUITO, MUITO gostoso! Aproveitem que agora é época de milho!
Bolo de Milho Verde (by minha irmã Bianca)

Ingredientes
- 2 latas de milho verde escorrido
- 1 lata de leite condensado
- 1 colher (sopa) de manteiga em temperatura ambiente
- 2 colheres (sopa) de fermento em pó
- 4 ovos
- 2 colheres de sopa açúcar
- 1 pacote de coco ralado em flocos (100 g)
Modo de Fazer
Num liquidificador, bata bem todos os ingredientes até que o milho esteja bem batido (tem que desmanchar).
Transfira para uma tigela e acrescente 1 pacote de coco ralado e misture com uma espátula.
Numa forma redonda, bem untada, despeje a mistura. Asse em forno pré-aquecido a 180ºC por cerca de 40 min até ficar corado.
Sua escolha foi... risoto de camarão.
...
Eu diria que não é exatamente a comida mais apropriada para uma iniciante, mas o namorado pediu e lá foi ela.
Para os leigos, um risoto desses para ficar bom precisa ter o caldo feito com as cascas dos crustáceos, o camarão tem que ser levemente frito para não ficar borrachudo... Enfim, algumas técnicas que uma pessoa que não sabe nem a diferença entre lula e polvo teria uma "certa" dificuldade. Enfim, tentei argumentar que talvez fosse mais conveniente um risoto com funghi, mas não obtive sucesso. Ela estava decidida a fazer o que o namo pediu (ai, o que não fazemos em início de namoro...).
Bom, depois de umas 345 ligações para saber se "1 kg é suficiente para 2 pessoas", ou "como frito o camarão?" ou então "qual a diferença entre camarão congelado e o fresco?", lá foi ela pra a cozinha.
P.S. Nem o mis en place ela queria deixar pronto com antecedência...
No dia seguinte liguei assim que acordei para saber do resultado... Não havia sobrado quase nada! E olha que ela NÃO gosta de camarão! hehehe...
Bom, em homenagem a nova mestre cuca, posto uma receita BEEEM "simplinha" de um bolo de milho que ela me ensinou a fazer. É MUITO, MUITO gostoso! Aproveitem que agora é época de milho!
Bolo de Milho Verde (by minha irmã Bianca)
Ingredientes
- 2 latas de milho verde escorrido
- 1 lata de leite condensado
- 1 colher (sopa) de manteiga em temperatura ambiente
- 2 colheres (sopa) de fermento em pó
- 4 ovos
- 2 colheres de sopa açúcar
- 1 pacote de coco ralado em flocos (100 g)
Modo de Fazer
Num liquidificador, bata bem todos os ingredientes até que o milho esteja bem batido (tem que desmanchar).
Transfira para uma tigela e acrescente 1 pacote de coco ralado e misture com uma espátula.
Numa forma redonda, bem untada, despeje a mistura. Asse em forno pré-aquecido a 180ºC por cerca de 40 min até ficar corado.
Assinar:
Comentários (Atom)
