Pessoal, um amigo meu cheio de graça me mandou este email dizendo que "apesar de eu não ser homem, ele se lembrou de mim ao ler este texto". HAHAHAHAHA
Acho que ele tá tirando onda da minha cara... Será???? :-)
(Leia, é MUITO bom).
"Todo homem sofre da "síndrome Paulo Maluf" e pensa que tudo na vidadele deve ter cara de grande obra.Comida, por exemplo.Tem coisa mais irritante que homem na cozinha?Pois os moços passaram séculos longe do fogão e, como não poderiadeixar de ser, no momento em que colocaram os pés 44 naqueleterritório,viraram todos, chefs'. Você dá o maior duro azarando o cara, finalmente, descola um convitee sai de casa, crente que "quer jantar na minha casa?" significa"oba, vai rolar sexo"! Toca a campainha vestida para matar e sem calcinha sob o modelitovermelho, levando debaixo do braço aquele tinto francês que comprou no supermercado, seguindo seu infalível critério de "rótulo bacaninhaque lembra gravura 'art nouveau' do Alphonse Mucha". Aqui, primeira dica importante: não ouse dizer que o vinho veio do Carrefour, senão você vai ouvir uma longa preleção mais ou menos nalinha "eles deixam as garrafas em pé... blablabla... vinho europeunão viaja bem...blablabla... a rolha resseca... blablabla..." (serolar, não se esqueça de balançar a cabeça concordando com ele,combinado?). Também nem tente argumentar qualquer coisa, confiando naquele cursode degustação de vinhos que você fez há quatro anos, lembra? Lembranada!, você saía totalmente chumbada de lá todas às vezes... Pois para sua decepção, quem estará à porta, será uma criatura com ar grave de alquimista prestes a descobrir o segredo de Midas,reclamando da dificuldade de se encontrar uma boa pimenta jamaicana,segurando uma bugiganga Le Creuset de tirar a pele de legumes,embrulhado em um avental imenso, engomado, com monograma bordado,imaculadamente branco e, para o seu azar, sem aquela abertura atrás -e você, louca pra vê-lo cozinhando um miojo de bum-bum de fora, né?
Confessa... É compreensível, meninas. Os homens estão sofrendo de uma espécie denovo-riquismo culinário. O gourmet requintado em que ele se transformou ontem, jamais passariapela humilhação de pilotar um fogão como o seu, cujo máximo de avanço tecnológico é a lâmpada amarelada do forno. Não, ele torrou 22 mil dólares num Ilve italiano de sete bocas, comgrelha, chapa infravermelha para aquecer comida e dois fornosprogramáveis. Fazer as poções mágicas em panelinhas com teflon pra lavar mais facilmente? Seria muita pobreza, para quem comprou uma 'poissonnière' de cobrecom interior revestido de estanho, só para fazer peixes no vapor ("uma pechincha, 250 dólares"). Conjuntinho de facas como aquelas que você ganhou de presente datia-avó no primeiro casamento? Jamais! No entender dele, nenhuma matéria-prima de manjar dos deuses, merecemenos que facas artesanais Zakharov com cabo de osso e madeira. Duas horas e meia depois, o jantar está servido. Sabe aquele frango refogado que você faz em vinte minutos, jogando umpunhado de temperos a olho? É mais ou menos isso, só que coberto por uma finíssima fatia demanga, arrematada com umas três ou quatro lascas de gengibre. Isso se não vier acompanhado daquele molho de ervas que não combinacom nada, e ele insiste em colocar em tudo. E pensar que você estava rezando pra que aquela manga fosse virarsobremesa, escoltada por uma bolota de um reles sorvetinho da Kibon... Conselho de quem não quer que você arruine definitivamente a noite:tem de dizer que ele tá "ali, ó" com Emmanuel Bassoleil. Não, melhor ainda: foi um prato comparável ao poulet do Paul Bocuse. Fim do banquete, vá arregaçando as mangas para ajudar a lavar louça. Se deixar por conta dele, serão mais duas horas esfregando as trêspanelas de cobre, duas de pedra sabão e o processador de alimentosque sujou 17 peças pra picar salsinha, equipamentos rigorosamentenecessários para cozinhar uns 250g de frango. Hora do café, hora do relax, certo? Pelo menos agora, você finalmente vai experimentar a tal griffe 'Illycaffè', que custou a ele uma nota preta, sem imaginar que o elogiadíssimo blend tem cerca de dois terços de café brasileiro. Quando a água ferve, ele grita e de um salto, chega ao coador. Queimadura? Não, puro horror, porque "água para café não pode ferver de jeito nenhum". Ah, que saudades daquele tempo em que cozinhávamos com um "ajudante"tarado, encoxando a gente na pia...
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Brioches para um dia chuvoso
Semana passada, especificamente na quinta-feira, foi um dia terrível, típico de inverno.Não que eu não goste desta época do ano, muuuito pelo contrário. Entretanto dias assim, chuvosos, frios e cinzentos não deixam ninguém pulando de felicidade.
Aproveitando que eu tinha motivos para querer cortar os pulsos naquele dia triste, resolvi fazer terapia: brioches au chocolat!
Eu nunca havia testado fazer este tipo de massa, que vai uma quantidade razoável de açúcar e muita, mas MUITA gordura (manteiga). Brioches, assim como outros pães doces, são massas bem molinhas, e quem nunca as fez olha aquela melequeira e pensa: ah, isso NÃO vai dar certo! E tchá, mete mais farinha! Aí não dá certo messsmo.
Explicando: a massa leva uma quantidade grande de líquidos (ovos), e por isso é impossível querer sovar na mão. Use uma batedeira com o gancho em forma de raquele e nunca, NUNCA caia na tentação de acrescentar mais farinha, ou você terá um bolo ao invés de lindas e cheirosas brioches.
Primeiro faça a esponja (fermento, água morna, 1/2 xíc farinha e uma cc de açúcar). Deixe descansar por uns 15 min, ou que comece a borbulhar - este método é o chamado sponge method).
Numa tigelinha, bata os ovos e acrescente à esponja acima. Vá batendo tudo na batedeira, ao mesmo tempo em que acrescenta o restante da farinha e do açúcar e o sal. Bata bastante (deixei uns 15 min), ou até que a massa fique bem elástica. Atenção: nesta etapa bate uma vontade incontrolável de add mais farinha - a massa estará super mole e você duvidará que aquela monstrenga vá se tornar algo comível. Trust me!
Deixe descansar por +- 1h30min ou até que dobre o tamanho (como fiz num dia super úmido e frio, levou + de 2h).
Pegue a manteiga (tem que estar bem molinha, em formato de puree, mas não derretida), as pastilhas de chocolate e a uva passa e add à mistura e bata novamente, até que tudo esteja bem incorporado. Veja, ao contrário das outras massas, a gordura só é acrescentada à massa depois que ela já passou pela primeira fermentação. Isso se dá porque com muita gordura e açúcar o gluten não se desenvolve, o que é fundamental para pães.
Distribua a massa no molde que desejar (se quiser brioches individuais, coloque em forminhas para muffins ou aquelas fundas para empadas) e deixe descansar novamente até que dobrem o volume - a minha levou quase 2h. Pincele com um ovo batido e leve ao forno pré aquecido a 200 graus e cozinhe por 20 min.
O cheiro que exala da cozinha quando as brioches estão assando é indescritível! Fora que ficam lindas, mesmo para quem, assim como eu, nunca havia se aventurado.
Depois de assadas, você verá que são PERFEITAS para quintas-feiras chuvosas e tristes. Ou simplesmente para quando você precisa aquecer seu coração :-)

Ingredientes:
- 4g de fermento ativo seco
- 1/2 xíc água morna
- 1 cs açúcar
- 1 1/2 xíc farinha
- 4 ovos
- 1/4 xíc açúcar
- 115g manteiga amolecida
- 1/2 xíc uva passa
- 1/2 xíc chocolate em gotas ou pedaços pequenos
- 1 pitada sal
- 1 ovo batido para pincelar
Au Revoir!
Aproveitando que eu tinha motivos para querer cortar os pulsos naquele dia triste, resolvi fazer terapia: brioches au chocolat!
Eu nunca havia testado fazer este tipo de massa, que vai uma quantidade razoável de açúcar e muita, mas MUITA gordura (manteiga). Brioches, assim como outros pães doces, são massas bem molinhas, e quem nunca as fez olha aquela melequeira e pensa: ah, isso NÃO vai dar certo! E tchá, mete mais farinha! Aí não dá certo messsmo.
Explicando: a massa leva uma quantidade grande de líquidos (ovos), e por isso é impossível querer sovar na mão. Use uma batedeira com o gancho em forma de raquele e nunca, NUNCA caia na tentação de acrescentar mais farinha, ou você terá um bolo ao invés de lindas e cheirosas brioches.
Primeiro faça a esponja (fermento, água morna, 1/2 xíc farinha e uma cc de açúcar). Deixe descansar por uns 15 min, ou que comece a borbulhar - este método é o chamado sponge method).
Numa tigelinha, bata os ovos e acrescente à esponja acima. Vá batendo tudo na batedeira, ao mesmo tempo em que acrescenta o restante da farinha e do açúcar e o sal. Bata bastante (deixei uns 15 min), ou até que a massa fique bem elástica. Atenção: nesta etapa bate uma vontade incontrolável de add mais farinha - a massa estará super mole e você duvidará que aquela monstrenga vá se tornar algo comível. Trust me!
Deixe descansar por +- 1h30min ou até que dobre o tamanho (como fiz num dia super úmido e frio, levou + de 2h).
Pegue a manteiga (tem que estar bem molinha, em formato de puree, mas não derretida), as pastilhas de chocolate e a uva passa e add à mistura e bata novamente, até que tudo esteja bem incorporado. Veja, ao contrário das outras massas, a gordura só é acrescentada à massa depois que ela já passou pela primeira fermentação. Isso se dá porque com muita gordura e açúcar o gluten não se desenvolve, o que é fundamental para pães.
Distribua a massa no molde que desejar (se quiser brioches individuais, coloque em forminhas para muffins ou aquelas fundas para empadas) e deixe descansar novamente até que dobrem o volume - a minha levou quase 2h. Pincele com um ovo batido e leve ao forno pré aquecido a 200 graus e cozinhe por 20 min.
O cheiro que exala da cozinha quando as brioches estão assando é indescritível! Fora que ficam lindas, mesmo para quem, assim como eu, nunca havia se aventurado.
Depois de assadas, você verá que são PERFEITAS para quintas-feiras chuvosas e tristes. Ou simplesmente para quando você precisa aquecer seu coração :-)

Ingredientes:
- 4g de fermento ativo seco
- 1/2 xíc água morna
- 1 cs açúcar
- 1 1/2 xíc farinha
- 4 ovos
- 1/4 xíc açúcar
- 115g manteiga amolecida
- 1/2 xíc uva passa
- 1/2 xíc chocolate em gotas ou pedaços pequenos
- 1 pitada sal
- 1 ovo batido para pincelar
Au Revoir!
terça-feira, 30 de junho de 2009
Como fazer uma pessoa feliz
Às vezes não nos damos conta do quanto é fácil agradar alguém, do quanto pequenas atitudes podem representar tanto para o outro.
Desde que comecei minhas aventuras gastronômicas (há dois anos), sempre levo "presentinhos" para meus amigos. O primeiro "Devil´s Food Cake" que fiz levei para meu querido arquiteto, o Nilton. Já o pessoal do escritório do meu marido sempre ganha cookies. O pessoal da CartaCapital adorava meus bolos integrais (se bem que aqueles lá ficariam felizes até com bolo de pedra, hehehehe), e meus amigos do vinho já comeram muuuitos muffins quentinhos.
O fato é que ontem à noite me dei conta de que não havia comprado nada para a Anelita, minha secretária, e hoje é aniversário dela. Bom, como não poderia deixar de passar em branco, fui para a cozinha preparar uns cupcakes, e resolvi caprichar. Fiz a massa cor de rosa (tipo pink velvet), decorei com buttercream colorido e salpiquei chocolate branco, pra dar o toque final. Ficaram lindos! Até o Lu, quando chegou em casa, disse que "pareciam de confeiteira profissional". Ok, ok, depois ele soltou um "só não tenho coragem de comer, onde já se viu bolo cor de rosa??? É esquisito demais". Affff! Santa paciência! (ainda bem que não eram pra ele, hehehe).
Hoje cedo, assim que ela chegou e viu a surpresa, ficou tão feliz, tão feliz! Depois eu vim a saber, pela moça que trabalha na casa ao lado, que ela disse que foi o melhor presente que ela já havia ganho, que nunca ninguém havia feito nada parecido no aniversário dela.
Fala sério, vocês não acham que depois de saber disso quem saiu ganhando fui eu? Quer coisa mais gostosa que saber que você, com uma atitude tão simples, fez uma pessoa tão feliz?
Tirei fotos com meu celular, depois as coloco aqui.
Desde que comecei minhas aventuras gastronômicas (há dois anos), sempre levo "presentinhos" para meus amigos. O primeiro "Devil´s Food Cake" que fiz levei para meu querido arquiteto, o Nilton. Já o pessoal do escritório do meu marido sempre ganha cookies. O pessoal da CartaCapital adorava meus bolos integrais (se bem que aqueles lá ficariam felizes até com bolo de pedra, hehehehe), e meus amigos do vinho já comeram muuuitos muffins quentinhos.
O fato é que ontem à noite me dei conta de que não havia comprado nada para a Anelita, minha secretária, e hoje é aniversário dela. Bom, como não poderia deixar de passar em branco, fui para a cozinha preparar uns cupcakes, e resolvi caprichar. Fiz a massa cor de rosa (tipo pink velvet), decorei com buttercream colorido e salpiquei chocolate branco, pra dar o toque final. Ficaram lindos! Até o Lu, quando chegou em casa, disse que "pareciam de confeiteira profissional". Ok, ok, depois ele soltou um "só não tenho coragem de comer, onde já se viu bolo cor de rosa??? É esquisito demais". Affff! Santa paciência! (ainda bem que não eram pra ele, hehehe).
Hoje cedo, assim que ela chegou e viu a surpresa, ficou tão feliz, tão feliz! Depois eu vim a saber, pela moça que trabalha na casa ao lado, que ela disse que foi o melhor presente que ela já havia ganho, que nunca ninguém havia feito nada parecido no aniversário dela.
Fala sério, vocês não acham que depois de saber disso quem saiu ganhando fui eu? Quer coisa mais gostosa que saber que você, com uma atitude tão simples, fez uma pessoa tão feliz?
Tirei fotos com meu celular, depois as coloco aqui.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Decepções Gastronômicas Parte 1
Hoje, quando ouço pessoas reverberando que em São Paulo come-se muito bem, que há ótimos restaurantes, blábláblábláblá, penso que talvez eu esteja indo aos lugares errados.
Para mim, frequentar restaurantes aqui em São Paulo tem sido experiências muito mais "cômicas" do que "gastronômicas". Como a profissão de chef hoje tem um certo glamour, qualquer um que tenha feito um curso de um ano ou uma faculdade já se auto entitula chef de cozinha. É no mínimo ridículo. E com isso, pipocam cada vez mais restaurantes servindo comida insossa. Agora qualquer garoto de 22 anos monta um belo prato, em geral cheio de "reduções" para colorir (que na verdade só mascaram o sabor do prato principal, uma vez que têm sabor super acentuado) e então apresentam como se fosse um troféu dizendo tratar-se de uma "releitura".
Vou contar minhas últimas experiências aqui. Aposto todos já passaram por situações semelhantes. Esta é a primeira delas.
Bistrô Ville du Vin
Fui jantar com umas amigas em Moema, Bistrô Ville du Vin. O lugar era metido a sofisticado, pedi mesa para 4 e fui logo abordada por alguém que parecia o gerente da casa me perguntando se eu havia feito a reserva. Era uma terça feira, 21h, olhei no interior do restaurante e havia uma, UMA mesa ocupada. Fiz uma cara de ponto de interrogação, mas o cara com a prancheta em mãos me olhava tão fixamente que me senti uma jeca tatu. Pensei comigo mesma "Como é que eu venho num lugar sofisticado desses e não faço reserva? Sua caipira!" Perguntei quase que sussurando se o local estava lotado. "Não", ele respondeu. Não MESMO, saímos de lá quase 11 da noite e o local só teve 3 mesas ocupadas.
Pedimos a carta de vinhos. Mais uma surpresa. O garçom, como quem havia acabado de decorar o texto, nos disse que "poderíamos navegar pela loja e escolher o vinho". Ué, agora o verbo navegar também se aplica a "escolher um dos vinhos em exposição" ???
Como eu havia dado uma boa olhada no cardápio, achei estranho quando nossos pratos chegaram em 15 minutos. Tratava-se de um menu super elaborado, e com minha pouca experiência, julguei ser impossível que tivessem feito tudo na hora. Dito e feito. Nenhum prato estava bom. Longe disso. Meu prato, um tortolonne de pato com chutney de manga ao pesto de hortelã estava super oleoso, a manteiga do molho estava ransosa e o hortelã, forte demais para tantos sabores, dominou completamente o prato.
Chegou a hora da sobremesa: pedimos apenas duas, um cheesecake (R$25,00) que, segundo o maitre, era maravilhoso, e uma tarte tartin (R$ 21,50). Básico, não? Pois não é que conseguiram errar também nisso? A cheesecake foi claramente descongelada no microondas (havia pedaços quentes e outros gelados), e a tarte tartin, bem essa merece uma bela descrição. Primeiro o cara colocou o prato na mesa com a sobremesa, míni, dizendo que era uma "releitura de tarte tartin". Olhamos para a sobremesa com o maior preconceito, afinal quem tem CORAGEM de chamar uma massa folhada intercalada com maçã e coberta com uma calda melada de tarte tartin???
Grand finale... 140 reais per capita. Pra comer manteiga ransosa e "releitura" de tarte tartin. Óbvio que tinha que pagar caro. Pra nunca mais ter coragem de voltar!
Au revoir!
Para mim, frequentar restaurantes aqui em São Paulo tem sido experiências muito mais "cômicas" do que "gastronômicas". Como a profissão de chef hoje tem um certo glamour, qualquer um que tenha feito um curso de um ano ou uma faculdade já se auto entitula chef de cozinha. É no mínimo ridículo. E com isso, pipocam cada vez mais restaurantes servindo comida insossa. Agora qualquer garoto de 22 anos monta um belo prato, em geral cheio de "reduções" para colorir (que na verdade só mascaram o sabor do prato principal, uma vez que têm sabor super acentuado) e então apresentam como se fosse um troféu dizendo tratar-se de uma "releitura".
Vou contar minhas últimas experiências aqui. Aposto todos já passaram por situações semelhantes. Esta é a primeira delas.
Bistrô Ville du Vin
Fui jantar com umas amigas em Moema, Bistrô Ville du Vin. O lugar era metido a sofisticado, pedi mesa para 4 e fui logo abordada por alguém que parecia o gerente da casa me perguntando se eu havia feito a reserva. Era uma terça feira, 21h, olhei no interior do restaurante e havia uma, UMA mesa ocupada. Fiz uma cara de ponto de interrogação, mas o cara com a prancheta em mãos me olhava tão fixamente que me senti uma jeca tatu. Pensei comigo mesma "Como é que eu venho num lugar sofisticado desses e não faço reserva? Sua caipira!" Perguntei quase que sussurando se o local estava lotado. "Não", ele respondeu. Não MESMO, saímos de lá quase 11 da noite e o local só teve 3 mesas ocupadas.Pedimos a carta de vinhos. Mais uma surpresa. O garçom, como quem havia acabado de decorar o texto, nos disse que "poderíamos navegar pela loja e escolher o vinho". Ué, agora o verbo navegar também se aplica a "escolher um dos vinhos em exposição" ???
Como eu havia dado uma boa olhada no cardápio, achei estranho quando nossos pratos chegaram em 15 minutos. Tratava-se de um menu super elaborado, e com minha pouca experiência, julguei ser impossível que tivessem feito tudo na hora. Dito e feito. Nenhum prato estava bom. Longe disso. Meu prato, um tortolonne de pato com chutney de manga ao pesto de hortelã estava super oleoso, a manteiga do molho estava ransosa e o hortelã, forte demais para tantos sabores, dominou completamente o prato.
Chegou a hora da sobremesa: pedimos apenas duas, um cheesecake (R$25,00) que, segundo o maitre, era maravilhoso, e uma tarte tartin (R$ 21,50). Básico, não? Pois não é que conseguiram errar também nisso? A cheesecake foi claramente descongelada no microondas (havia pedaços quentes e outros gelados), e a tarte tartin, bem essa merece uma bela descrição. Primeiro o cara colocou o prato na mesa com a sobremesa, míni, dizendo que era uma "releitura de tarte tartin". Olhamos para a sobremesa com o maior preconceito, afinal quem tem CORAGEM de chamar uma massa folhada intercalada com maçã e coberta com uma calda melada de tarte tartin???
Grand finale... 140 reais per capita. Pra comer manteiga ransosa e "releitura" de tarte tartin. Óbvio que tinha que pagar caro. Pra nunca mais ter coragem de voltar!
Au revoir!
terça-feira, 23 de junho de 2009
Xô falta de Inspiração!
Ontem me dei conta de que não posto nada há quase 20 dias. É muito, mas MUITO tempo para quem pretende ter um blog que seja acessado por um número mínimo de pessoas, nem que seja só pelos meus amigos mais chegados.
O fato é que andei com um montão de problemas a serem resolvidos, e não sei por que uma inércia se apossou de mim como nunca. Isso quase me enlouqueceu. É horrível vc pensar em seus problemas, saber que precisa levantar a cabeça e ir em frente mas não conseguir fazer nada. E isso de ficar adiando resoluções urgentes só me deixa mais e mais deprimida.
Pois ainda bem que essa urucubaca passou. Ah como é bom trabalhar, ficar com a cabeça ativa, tocar projetos bacanas, ah.... Como é bom! :-)
E para comemorar a volta ao blog, aí vai uma receitinha totalmente adaptada da bíblia "Professional Baking". Quem puder, encomende na Amazon. Tenho aprendido MUITO com ele.

Pain Au Lait de Linhaça
Ingredientes
- 10g de fermento fresco
- 166g de leite morno
- 250g de farinha de trigo branca
- 50g de farinha de centeio
- 20g de farinha de linhaça
- 13g de linhaça em grãos
- 33g de açúcar mascavo
- 8g de sal
- 33g de ovos
- 50g de azeite de oliva
- 4g de mel
Preparo
1) Misturar os ingredientes secos, fazer um furo no meio e acrescentar os líquidos.
2) Sovar na mão ou na batedeira (com gancho) até o glúten se desenvolver (você perceberá que a massa começará a desgrudar das mãos, formando uma bola - isso ocorre após uns 15 minutos de sova)
3) Descansar até dobrar de volume (+- 1h 30 min)
4) Moldar o pão
5) Descansar até dobrar de volume
6) Em forno pré aquecido a 210 graus, assar por uns 40 min ou até que um som oco seja emitido batendo o fundo do pão com as mãos.
O fato é que andei com um montão de problemas a serem resolvidos, e não sei por que uma inércia se apossou de mim como nunca. Isso quase me enlouqueceu. É horrível vc pensar em seus problemas, saber que precisa levantar a cabeça e ir em frente mas não conseguir fazer nada. E isso de ficar adiando resoluções urgentes só me deixa mais e mais deprimida.
Pois ainda bem que essa urucubaca passou. Ah como é bom trabalhar, ficar com a cabeça ativa, tocar projetos bacanas, ah.... Como é bom! :-)
E para comemorar a volta ao blog, aí vai uma receitinha totalmente adaptada da bíblia "Professional Baking". Quem puder, encomende na Amazon. Tenho aprendido MUITO com ele.
Pain Au Lait de Linhaça
Ingredientes
- 10g de fermento fresco
- 166g de leite morno
- 250g de farinha de trigo branca
- 50g de farinha de centeio
- 20g de farinha de linhaça
- 13g de linhaça em grãos
- 33g de açúcar mascavo
- 8g de sal
- 33g de ovos
- 50g de azeite de oliva
- 4g de mel
Preparo
1) Misturar os ingredientes secos, fazer um furo no meio e acrescentar os líquidos.
2) Sovar na mão ou na batedeira (com gancho) até o glúten se desenvolver (você perceberá que a massa começará a desgrudar das mãos, formando uma bola - isso ocorre após uns 15 minutos de sova)
3) Descansar até dobrar de volume (+- 1h 30 min)
4) Moldar o pão
5) Descansar até dobrar de volume
6) Em forno pré aquecido a 210 graus, assar por uns 40 min ou até que um som oco seja emitido batendo o fundo do pão com as mãos.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Época de Ponkans!

Este final de semana fui para o sítio de uma amigona, e seu vizinho tem uma plantação LINDA de ponkans. Que delícia! Como as frutas tinham amadurecido no pé, o sabor é outro! Super docinhas!
Como agora é época, estou a procura de receitas com esta fruta super saborosa. Achei algumas, mas uma delas em especial me chamou a atenção: achei no blog da Ana, o La Cucinetta. É uma receita da Nigella, vou procurar a original no site depois conto como ficou.
Se aprovada, depois posto aqui!
Olhem que fotos lindas! E olha que já haviam feito a colheita, e mesmo assim, os pés estavam lotados!
Bolo da Bi
Minha irmã resolveu aprender a cozinhar. Oh Yes, para minha surpresa e espanto. E resolveu começar a aprender logo com o quê???? Um bolinho de cenoura de liquidificador? NÃO. Mousse de chocolate? NÃO. Spaghetti? NÃO.
Sua escolha foi... risoto de camarão.
...
Eu diria que não é exatamente a comida mais apropriada para uma iniciante, mas o namorado pediu e lá foi ela.
Para os leigos, um risoto desses para ficar bom precisa ter o caldo feito com as cascas dos crustáceos, o camarão tem que ser levemente frito para não ficar borrachudo... Enfim, algumas técnicas que uma pessoa que não sabe nem a diferença entre lula e polvo teria uma "certa" dificuldade. Enfim, tentei argumentar que talvez fosse mais conveniente um risoto com funghi, mas não obtive sucesso. Ela estava decidida a fazer o que o namo pediu (ai, o que não fazemos em início de namoro...).
Bom, depois de umas 345 ligações para saber se "1 kg é suficiente para 2 pessoas", ou "como frito o camarão?" ou então "qual a diferença entre camarão congelado e o fresco?", lá foi ela pra a cozinha.
P.S. Nem o mis en place ela queria deixar pronto com antecedência...
No dia seguinte liguei assim que acordei para saber do resultado... Não havia sobrado quase nada! E olha que ela NÃO gosta de camarão! hehehe...
Bom, em homenagem a nova mestre cuca, posto uma receita BEEEM "simplinha" de um bolo de milho que ela me ensinou a fazer. É MUITO, MUITO gostoso! Aproveitem que agora é época de milho!
Bolo de Milho Verde (by minha irmã Bianca)

Ingredientes
- 2 latas de milho verde escorrido
- 1 lata de leite condensado
- 1 colher (sopa) de manteiga em temperatura ambiente
- 2 colheres (sopa) de fermento em pó
- 4 ovos
- 2 colheres de sopa açúcar
- 1 pacote de coco ralado em flocos (100 g)
Modo de Fazer
Num liquidificador, bata bem todos os ingredientes até que o milho esteja bem batido (tem que desmanchar).
Transfira para uma tigela e acrescente 1 pacote de coco ralado e misture com uma espátula.
Numa forma redonda, bem untada, despeje a mistura. Asse em forno pré-aquecido a 180ºC por cerca de 40 min até ficar corado.
Sua escolha foi... risoto de camarão.
...
Eu diria que não é exatamente a comida mais apropriada para uma iniciante, mas o namorado pediu e lá foi ela.
Para os leigos, um risoto desses para ficar bom precisa ter o caldo feito com as cascas dos crustáceos, o camarão tem que ser levemente frito para não ficar borrachudo... Enfim, algumas técnicas que uma pessoa que não sabe nem a diferença entre lula e polvo teria uma "certa" dificuldade. Enfim, tentei argumentar que talvez fosse mais conveniente um risoto com funghi, mas não obtive sucesso. Ela estava decidida a fazer o que o namo pediu (ai, o que não fazemos em início de namoro...).
Bom, depois de umas 345 ligações para saber se "1 kg é suficiente para 2 pessoas", ou "como frito o camarão?" ou então "qual a diferença entre camarão congelado e o fresco?", lá foi ela pra a cozinha.
P.S. Nem o mis en place ela queria deixar pronto com antecedência...
No dia seguinte liguei assim que acordei para saber do resultado... Não havia sobrado quase nada! E olha que ela NÃO gosta de camarão! hehehe...
Bom, em homenagem a nova mestre cuca, posto uma receita BEEEM "simplinha" de um bolo de milho que ela me ensinou a fazer. É MUITO, MUITO gostoso! Aproveitem que agora é época de milho!
Bolo de Milho Verde (by minha irmã Bianca)
Ingredientes
- 2 latas de milho verde escorrido
- 1 lata de leite condensado
- 1 colher (sopa) de manteiga em temperatura ambiente
- 2 colheres (sopa) de fermento em pó
- 4 ovos
- 2 colheres de sopa açúcar
- 1 pacote de coco ralado em flocos (100 g)
Modo de Fazer
Num liquidificador, bata bem todos os ingredientes até que o milho esteja bem batido (tem que desmanchar).
Transfira para uma tigela e acrescente 1 pacote de coco ralado e misture com uma espátula.
Numa forma redonda, bem untada, despeje a mistura. Asse em forno pré-aquecido a 180ºC por cerca de 40 min até ficar corado.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Como tudo começou
Desde a minha infância sempre gostei de cozinhar. Eu morava morava no interior, e todos os finais de semana passava na fazenda da minha mãe, onde meus avós moravam. Tudo era motivo para eu colocar em prática minhas experiências gastronômicas. Juntava telhas e tijolos e logo providenciava um fogão de verdade. As flores eram amassadas e seu sumo era o "óleo" com o qual eu fritava mangas, laranjas, enfim, o que encontrasse pelo jardim. Latas velhas pra mim eram tão valiosas como hoje o são as minhas Le Creuset - afinal onde é que eu iria cozinhar as minhas "sopas"?
O presente que mais me marcou foi um forninho, que ganhei num Natal. O calor era conseguido através de uma lâmpada bem grande que aquecia e cozia meus "maravilhosos" bolos - assim dizia minha irmã, que era a fã número 1 de tudo o que saía daquele forno. E olha que era cada gororoba, :-)
Já adulta não desisti nunca de aprender, mas acho que os meses que morei na Itália foram super importantes para que meu paladar se aprimorasse e para que eu percebesse que esse sim era um hobby que eu realmente gostava. Qualquer hora vou falar sobre este período, onde descobri que cada italiano é um expert em comida (ou pelo menos é assim que eles se enxergam).
Entretanto, por mais que eu me interessasse, jamais teria passado de uma mera "seguidora de receitas", das quais muitas, mas MUITAS davam errado, se não fosse por duas pessoas: Marcella e Zenir. Duas craques da gastronomia, e excelentes professoras! Quantos e quantos sábados já passamos juntas!
Bom, hoje a receita que vou dar não é minha, peguei num blog fofíssimo da Patricia Scapin, da Technicolor Kitchen. São cookies de limão siciliano, e ficam realmente muito bons! Depois coloco as fotos.
Original: http://technicolorkitchen.blogspot.com/2009/05/cookies-recheados-com-curd-de-limao.html
Cookies de Limão Siciliano
Curd de Limão (para rechear)
- 120ml de suco de limão siciliano
- raspas das cascas dos limões espremidos
- 125g de manteiga sem sal
- 200g de açúcar
- 3 ovos ligeiramente batidos com um garfo
Massa:
- 180g de manteiga sem sal
- 200g de açúcar
- 1 ½ cc de baunilha (usei essência de amêndoa e ficou ótimo!)
- 1 ovo
- 280g de farinha de trigo peneirada
- ½ ccde fermento em pó
Comece preparando o recheio: junte o suco de limão, a manteiga, o açúcar e os ovos numa tigela refratária e leve ao banho-maria, mexendo sempre, até engrossar. Passe por uma peneira, despejando a misture numa tigela e cubra com filme PVC colocando-o diretamente em contato com a superfície da curd (assim evita-se a formação de uma película sobre o recheio). Leve à geladeira até esfriar e encorpar.
Faça a massa dos cookies: pré-aqueça o forno a 180ºC; forre duas assadeiras grandes, de beiradas baixas, com papel manteiga (usei silpas). Coloque a manteiga, o açúcar e a baunilha na tigela grande da batedeira e bata até obter um creme claro e fofo. Junte o ovo e bata bem. Com a ajuda de uma espátula de borracha/silicone, misture a farinha e o fermento até formar uma massa. Forme bolinhas com 2 colheres (chá) de massa e arrume-as nas assadeiras preparadas, deixando 5cm entre uma e outra.Faça pequenos furinhos no meio de cada bolinha usando as pontas do dedo indicador. Encha cada buraquinho com ½ colher (chá) do recheio frio e leve ao forno por 10-15 minutos ou até dourar (os meus ficaram uns 30 minutos).
O presente que mais me marcou foi um forninho, que ganhei num Natal. O calor era conseguido através de uma lâmpada bem grande que aquecia e cozia meus "maravilhosos" bolos - assim dizia minha irmã, que era a fã número 1 de tudo o que saía daquele forno. E olha que era cada gororoba, :-)
Já adulta não desisti nunca de aprender, mas acho que os meses que morei na Itália foram super importantes para que meu paladar se aprimorasse e para que eu percebesse que esse sim era um hobby que eu realmente gostava. Qualquer hora vou falar sobre este período, onde descobri que cada italiano é um expert em comida (ou pelo menos é assim que eles se enxergam).
Entretanto, por mais que eu me interessasse, jamais teria passado de uma mera "seguidora de receitas", das quais muitas, mas MUITAS davam errado, se não fosse por duas pessoas: Marcella e Zenir. Duas craques da gastronomia, e excelentes professoras! Quantos e quantos sábados já passamos juntas!
Bom, hoje a receita que vou dar não é minha, peguei num blog fofíssimo da Patricia Scapin, da Technicolor Kitchen. São cookies de limão siciliano, e ficam realmente muito bons! Depois coloco as fotos.
Original: http://technicolorkitchen.blogspot.com/2009/05/cookies-recheados-com-curd-de-limao.html
Cookies de Limão Siciliano
Curd de Limão (para rechear)
- 120ml de suco de limão siciliano
- raspas das cascas dos limões espremidos
- 125g de manteiga sem sal
- 200g de açúcar
- 3 ovos ligeiramente batidos com um garfo
Massa:
- 180g de manteiga sem sal
- 200g de açúcar
- 1 ½ cc de baunilha (usei essência de amêndoa e ficou ótimo!)
- 1 ovo
- 280g de farinha de trigo peneirada
- ½ ccde fermento em pó
Comece preparando o recheio: junte o suco de limão, a manteiga, o açúcar e os ovos numa tigela refratária e leve ao banho-maria, mexendo sempre, até engrossar. Passe por uma peneira, despejando a misture numa tigela e cubra com filme PVC colocando-o diretamente em contato com a superfície da curd (assim evita-se a formação de uma película sobre o recheio). Leve à geladeira até esfriar e encorpar.
Faça a massa dos cookies: pré-aqueça o forno a 180ºC; forre duas assadeiras grandes, de beiradas baixas, com papel manteiga (usei silpas). Coloque a manteiga, o açúcar e a baunilha na tigela grande da batedeira e bata até obter um creme claro e fofo. Junte o ovo e bata bem. Com a ajuda de uma espátula de borracha/silicone, misture a farinha e o fermento até formar uma massa. Forme bolinhas com 2 colheres (chá) de massa e arrume-as nas assadeiras preparadas, deixando 5cm entre uma e outra.Faça pequenos furinhos no meio de cada bolinha usando as pontas do dedo indicador. Encha cada buraquinho com ½ colher (chá) do recheio frio e leve ao forno por 10-15 minutos ou até dourar (os meus ficaram uns 30 minutos).
terça-feira, 26 de maio de 2009
Lembranças de um bolo de laranja
Ontem à noite, presa no trânsito, estava pensando que o fato de escrever um blog é também um motivo para refletir sobre os movimentos da minha vida. Sim, pois como sou obrigada a pensar no que vou dizer antes de dar a receitinha do dia, o efeito é de uma semi terapia. E bem mais barata, :-)
Bom, voltando ao assunto "gastronomia"... Quanto mais eu leio, estudo, mais valorizo o que minha avó e minha mãe cozinhavam na minha infância. Não é à toa que tenho paladar exigente. E pensando nisso, me bateu uma saudade incrével do bolo de laranja que minha queria avó fazia, com aquela deliciosa casquinha de açúcar! Fui direto procurar nos meus livros, internet, fuça, fuça, fuça e nada. Quase todos eram à base de uma genoise, o que deixaria o bolo relativamente seco, uma vez que não vai gordura. Foi então que resolvi colocar em prática a matemática (The Math) que aprendi no livro BakeWise, de Shirley Corriher. Qualquer que seja a receita, siga sempre esta matemática!
A: açúcar
F: farinha
O: ovos
G: gordura
L: líquido
The Math (peso em gramas)
A = > F
O = > G
L = > A
G: 40 - 70% F
A: pode ser até 180% da F
Traduzindo...
Obs.: Fiz metade da receita, o bolo ficou BEM pequeno - forma redonda de 20cm.
Bolo de Laranja by PK
Ingredientes
125g Manteiga sem sal (a manteiga tem 20% líquido, portanto são apenas 100g gordura)
125g Farinha com fermento (para substituir pela comum, use 1 cc fermento)
125g Açúcar
2 Ovos grandes
70ml Suco Laranja
Zestes das cascas de 2 laranjas
Cobertura
125g de açúcar de confeiteiro
50ml de suco de laranja
Pré-aqueça o forno a 180 graus. Unte uma forma redonda de 20cm. Bata a manteiga com o açúcar até que a mistura se torne bem clarinha. Junte os ovos, um por um, batendo bem a cada adição. Adicione as zestes (raspas) de laranja.
Acrescente a farinha, depois junte o suco de laranja, bata bem, até que tudo fique bem incorporado. Coloque a massa na forma e asse por uns 40 minutos - ou faça o teste do palito. Para fazer a cobertura, vá adicionando o suco ao açúcar de confeiteiro até obter uma consistência boa para espalhar. Aplique com uma espátula, deixando a cobertura escorrer pelos lados do bolo.
Hummm... Fica TUDO de bom!
Bom, voltando ao assunto "gastronomia"... Quanto mais eu leio, estudo, mais valorizo o que minha avó e minha mãe cozinhavam na minha infância. Não é à toa que tenho paladar exigente. E pensando nisso, me bateu uma saudade incrével do bolo de laranja que minha queria avó fazia, com aquela deliciosa casquinha de açúcar! Fui direto procurar nos meus livros, internet, fuça, fuça, fuça e nada. Quase todos eram à base de uma genoise, o que deixaria o bolo relativamente seco, uma vez que não vai gordura. Foi então que resolvi colocar em prática a matemática (The Math) que aprendi no livro BakeWise, de Shirley Corriher. Qualquer que seja a receita, siga sempre esta matemática!
A: açúcar
F: farinha
O: ovos
G: gordura
L: líquido
The Math (peso em gramas)
A = > F
O = > G
L = > A
G: 40 - 70% F
A: pode ser até 180% da F
Traduzindo...
Obs.: Fiz metade da receita, o bolo ficou BEM pequeno - forma redonda de 20cm.
Bolo de Laranja by PK
Ingredientes
125g Manteiga sem sal (a manteiga tem 20% líquido, portanto são apenas 100g gordura)
125g Farinha com fermento (para substituir pela comum, use 1 cc fermento)
125g Açúcar
2 Ovos grandes
70ml Suco Laranja
Zestes das cascas de 2 laranjas
Cobertura
125g de açúcar de confeiteiro
50ml de suco de laranja
Pré-aqueça o forno a 180 graus. Unte uma forma redonda de 20cm. Bata a manteiga com o açúcar até que a mistura se torne bem clarinha. Junte os ovos, um por um, batendo bem a cada adição. Adicione as zestes (raspas) de laranja.
Acrescente a farinha, depois junte o suco de laranja, bata bem, até que tudo fique bem incorporado. Coloque a massa na forma e asse por uns 40 minutos - ou faça o teste do palito. Para fazer a cobertura, vá adicionando o suco ao açúcar de confeiteiro até obter uma consistência boa para espalhar. Aplique com uma espátula, deixando a cobertura escorrer pelos lados do bolo.
Hummm... Fica TUDO de bom!
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Famílias e "Famiglias"
Sempre tive cabeça de gordo. A comida é, para mim, muito mais do que simplesmente uma necessidade vital. É motivo para reunir os amigos, comemorar datas importantes, para me acalmar quando estou com a alma inquieta, e até mesmo para presentear amigos. Quando gosto muito de alguém, sempre presenteio com algumas das minhas "experiências culinárias". É uma forma de doar um pouquinho do meu amor e carinho.
Simplesmente não consigo entender como é que algumas pessoas conseguem não dar importância a jantares em família, por exemplo. Talvez seja porque eu venho de uma família que almoçava juntos todos os dias, que se reunía aos domingos para grandes banquetes. Não sei, o fato é que acho muito estranho que algumas famílias não ligam para isso.
Uma vez um casal de fora veio nos visitar em SP. Chegaram na quinta pois a mulher veio para uma convenção. Quinta e sexta eles ficaram nesta convenção até tarde, então não consegui reunir a turma em torno da mesa. O sábado chegou e lá fui eu, desde cedo, preparar alguns quitutes para o jantar. Naquela época eu ainda não me arriscava muito na cozinha, mas havia uma especialidade que era consenso: meu pesto. Bom, fui no Ceagesp (para aqueles que não sabem, aos sábado e domingos rola uma feira deliciosa lá, desde os legumes e frutas tradicionais de feiras até flores, ervas, verduras e frutas exóticas que só encontro lá, como as " baby leaves"), passei no Empório Santa Maria para comprar pães, queijos, alguns frios, e um macarrão tipo orecchietti, bastante apropriado para comer com pesto. Pensei comigo: "agora só falta um bom vinho, preparar a comida do menino que tem restrições alimentares e voilá!"
Cheguei em casa, acendi a lareira (fazia um fria absurdo, se bem gosto tanto do clima aconchegante de uma lareira que se fizer 15 graus já tá valendo!), preparei a mesa - linda toalha, velas para dar um clima mais quentinho, pãezinhos, tudo perfeito. Quando todos desceram, a primeira coisa estranha aconteceu: o menino exigiu (sim, exigiu e os pais obedeceram) que a TV ficasse ligada no Discovery Kids - em altura suficienta para que a conversa dos adultos ficasse desconfortável. Ok, deixa ele lá, é uma maneira de ficar quietinho.
Como eram quase 9 da noite, o garotinho estava com fome. "A titia fez o feijão com purê que vc adora!". Óbvio que ele não comeu, disse que não gostava e sua mãe fez um tostex. Óbvio que ele também não comeu o tostex, e para meu espanto, ELA PRÓPRIA comeu o sanduíche. Quando eu olhei com surprea e ressaltei que haveria jantar (como se não fosse óbvio), que tinha comprado um vinho maravilhoso, ela me disse assim: "Não costumo jantar, só como um sanduíche com um leitinho"! Não poderia então comer seu sanduba na mesa, com todos juntos, conversando e rindo??? Tinha que ser tão metódica assim??? Não, parece que fazia aquilo pra me ofender. Só depois fui entender que não, que ela é assim, estranha mesmo.:-()
Eu ainda tinha esperanças que a minha confraternização não se tornasse um jantar solitário - tínhamos eu, meu marido e o nosso amigo. Perguntei se todos já estavam com fome, pois o segredo de uma boa pasta com molho pesto é comer na hora que sai do forno, caso contrário fica empapado, frio, horrível. YES, estavam todos morrendo de fome. Me reanimei e fui preparar tudo.
Quando já estava quase pronto, chamei os "meninos" (que estavam no computador vendo não sei o quê) e pedi que se sentassem à mesa que o jantar seria servido. Tudo perfeito, macarrão al dente, meu molho pesto preparado especialmente para a ocasião, enfim, tudo lindo! Chamei uma duas, três vezes e nada. O computador estava mais interessante. Passaram se uns 10 minutos, e resolvi começar a comer. Sozinha - e ouvindo Discovery Kids. Terminei de comer e ainda eles não tinham vindo jantar.
Quem estava errada nesta história toda? Óbvio que era eu. Estava tentando unir o que nunca foi unido. Estava tentando mostrar, para esse casal, o que é ser família para mim. O problema é que eu ainda não havia decifrado o recado que eles estavam tentando me passar. Desta "famiglia", eu não faço parte.
Tudo isso pra dar a receita do meu pesto, que fora esta, já foi coadjuvante de adoráveis reuniões. Ele tem um gosto bastante acentuado de alho. A receita original pedia 1 dente, mas achei que era pouco (eu adoro achar que as receitas estão erradas) e coloquei uma cabeça inteira!!! Fica muito bom também para acompanhar torradinhas.
Pesto da PK
Simplesmente não consigo entender como é que algumas pessoas conseguem não dar importância a jantares em família, por exemplo. Talvez seja porque eu venho de uma família que almoçava juntos todos os dias, que se reunía aos domingos para grandes banquetes. Não sei, o fato é que acho muito estranho que algumas famílias não ligam para isso.
Uma vez um casal de fora veio nos visitar em SP. Chegaram na quinta pois a mulher veio para uma convenção. Quinta e sexta eles ficaram nesta convenção até tarde, então não consegui reunir a turma em torno da mesa. O sábado chegou e lá fui eu, desde cedo, preparar alguns quitutes para o jantar. Naquela época eu ainda não me arriscava muito na cozinha, mas havia uma especialidade que era consenso: meu pesto. Bom, fui no Ceagesp (para aqueles que não sabem, aos sábado e domingos rola uma feira deliciosa lá, desde os legumes e frutas tradicionais de feiras até flores, ervas, verduras e frutas exóticas que só encontro lá, como as " baby leaves"), passei no Empório Santa Maria para comprar pães, queijos, alguns frios, e um macarrão tipo orecchietti, bastante apropriado para comer com pesto. Pensei comigo: "agora só falta um bom vinho, preparar a comida do menino que tem restrições alimentares e voilá!"
Cheguei em casa, acendi a lareira (fazia um fria absurdo, se bem gosto tanto do clima aconchegante de uma lareira que se fizer 15 graus já tá valendo!), preparei a mesa - linda toalha, velas para dar um clima mais quentinho, pãezinhos, tudo perfeito. Quando todos desceram, a primeira coisa estranha aconteceu: o menino exigiu (sim, exigiu e os pais obedeceram) que a TV ficasse ligada no Discovery Kids - em altura suficienta para que a conversa dos adultos ficasse desconfortável. Ok, deixa ele lá, é uma maneira de ficar quietinho.
Como eram quase 9 da noite, o garotinho estava com fome. "A titia fez o feijão com purê que vc adora!". Óbvio que ele não comeu, disse que não gostava e sua mãe fez um tostex. Óbvio que ele também não comeu o tostex, e para meu espanto, ELA PRÓPRIA comeu o sanduíche. Quando eu olhei com surprea e ressaltei que haveria jantar (como se não fosse óbvio), que tinha comprado um vinho maravilhoso, ela me disse assim: "Não costumo jantar, só como um sanduíche com um leitinho"! Não poderia então comer seu sanduba na mesa, com todos juntos, conversando e rindo??? Tinha que ser tão metódica assim??? Não, parece que fazia aquilo pra me ofender. Só depois fui entender que não, que ela é assim, estranha mesmo.:-()
Eu ainda tinha esperanças que a minha confraternização não se tornasse um jantar solitário - tínhamos eu, meu marido e o nosso amigo. Perguntei se todos já estavam com fome, pois o segredo de uma boa pasta com molho pesto é comer na hora que sai do forno, caso contrário fica empapado, frio, horrível. YES, estavam todos morrendo de fome. Me reanimei e fui preparar tudo.
Quando já estava quase pronto, chamei os "meninos" (que estavam no computador vendo não sei o quê) e pedi que se sentassem à mesa que o jantar seria servido. Tudo perfeito, macarrão al dente, meu molho pesto preparado especialmente para a ocasião, enfim, tudo lindo! Chamei uma duas, três vezes e nada. O computador estava mais interessante. Passaram se uns 10 minutos, e resolvi começar a comer. Sozinha - e ouvindo Discovery Kids. Terminei de comer e ainda eles não tinham vindo jantar.
Quem estava errada nesta história toda? Óbvio que era eu. Estava tentando unir o que nunca foi unido. Estava tentando mostrar, para esse casal, o que é ser família para mim. O problema é que eu ainda não havia decifrado o recado que eles estavam tentando me passar. Desta "famiglia", eu não faço parte.
Tudo isso pra dar a receita do meu pesto, que fora esta, já foi coadjuvante de adoráveis reuniões. Ele tem um gosto bastante acentuado de alho. A receita original pedia 1 dente, mas achei que era pouco (eu adoro achar que as receitas estão erradas) e coloquei uma cabeça inteira!!! Fica muito bom também para acompanhar torradinhas.
Pesto da PK
- 50g de pinólis (como está super caro, substituo por macadâmia)
- 50g de alho (é MUITO alho, diminua se não gostar de nada forte)
- 50g de pecorino ou parmesão
- um punhado bem cheio de manjericão (50g mais ou menos)
- 120 ml de azeite extravirgem
Coloque todos os ingredientes no processador (ou liquidificador) e processe até virar uma pasta homogênea). Pode ser congelado individualmente em potinhos plásticos.
Pesto
Pesto
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Diretoria 191
Calma! Antes que alguém pense que trata-se de um post policial, aviso que não é. Diretoria 191 é o nome do livro que eu e meus amigos queremos publicar. Quer dizer, não sei se vamos conseguir, pois a maioria das estórias são impublicáveis. E pensar que tudo começou na Fórmula Academia...
Vou traduzir o que isso tudo significa... há quase 08 anos mais ou menos fui convidada por uma amiga (a Sil) a participar de um grupo de degustação de vinhos. No começo era tudo super sério, alguns integrantes levavam caderninhos para anotar as notas de cada uma das garrafas que bebíamos, a comida tinha que estar em perfeita harmonia com o que iríamos degustar, enfim, uma "boiolice" só, como os (poucos) integrantes dessa turma se referem à essa época. Neste tempo, alguns surtaram, outros não aguentaram as brincadeiras, e da turma inicial, restaram só 5. Claro que foram sendo integrados os maridos, as mulheres, mas estes 5 são "A Diretoria".
Vocês devem estar se perguntando: mas e por quê 191??? Bom, é que quase todas as nossas degustações acontecem na Sil, e ela mora numa cobetura, 181. É lá que cozinhamos, jantamos, bebemos garrafas memoráveis... Mas o 191, bom, esse fica para um próximo post porque ainda nao sei bem como é que vou definí-lo, hehehehehe.
No início, eu quase não sabia cozinhar nada, e entendia quase nada de vinhos (só sabia que o Quinta da Bacalhoa era um ótimo vinho, depois explico por quê). Os chefs eram sempre o Marcelinho (e que chef!) e o Mamoré. Hoje eu já dou meus pitacos, e às vezes acerto tanto que eles até pedem a receita.
A pedidos, lá vai a receita de bolo de chocolate que é TUDO de bom pra quem não gosta de coisas muito doces. É denso, com gosto super marcante de cacau, enfim, vale muito a pena tentar fazer.
Vou traduzir o que isso tudo significa... há quase 08 anos mais ou menos fui convidada por uma amiga (a Sil) a participar de um grupo de degustação de vinhos. No começo era tudo super sério, alguns integrantes levavam caderninhos para anotar as notas de cada uma das garrafas que bebíamos, a comida tinha que estar em perfeita harmonia com o que iríamos degustar, enfim, uma "boiolice" só, como os (poucos) integrantes dessa turma se referem à essa época. Neste tempo, alguns surtaram, outros não aguentaram as brincadeiras, e da turma inicial, restaram só 5. Claro que foram sendo integrados os maridos, as mulheres, mas estes 5 são "A Diretoria".
Vocês devem estar se perguntando: mas e por quê 191??? Bom, é que quase todas as nossas degustações acontecem na Sil, e ela mora numa cobetura, 181. É lá que cozinhamos, jantamos, bebemos garrafas memoráveis... Mas o 191, bom, esse fica para um próximo post porque ainda nao sei bem como é que vou definí-lo, hehehehehe.
No início, eu quase não sabia cozinhar nada, e entendia quase nada de vinhos (só sabia que o Quinta da Bacalhoa era um ótimo vinho, depois explico por quê). Os chefs eram sempre o Marcelinho (e que chef!) e o Mamoré. Hoje eu já dou meus pitacos, e às vezes acerto tanto que eles até pedem a receita.
A pedidos, lá vai a receita de bolo de chocolate que é TUDO de bom pra quem não gosta de coisas muito doces. É denso, com gosto super marcante de cacau, enfim, vale muito a pena tentar fazer.
Devil's Food Cake
Do livro BakeWise, de Shirley O. Corriher
Ingredientes:
• 100g de manteiga sem sal
• 1 e 2/3 xíc. açúcar mascavo peneirado
• 2 ovos grandes
• 1 c.c. essência de baunilha
• 115g chocolate meio amargo derretido
• 1 1/4 xíc. farinha de trigo peneiradas
• 2 c.s. de cacau em pó peneirado
• 1 c.c. de bicarbonato de sódio
• 1 xíc. + 2 c.s. água bem quente
Preparo:
1. Unte uma forma de bolo inglês com manteiga, forre com papel-manteiga e unte novamente. Pré-aqueça o forno a 190ºC (veja obs abaixo).
2. Bata a manteiga por uns 8 minutos na batedeira, até que esteja bem cremosa. Acrescente o açúcar aos poucos, batendo por mais uns 5 minutos. Obs.: como a quantidade de manteiga é pouca, talvez vc não consiga fazer com que a batedeira "bata" direito. Neste caso, add um pouco de açúcar para "fazer volume".
3. Junte os ovos, um a um, batendo bem a cada adição, e então a baunilha e o chocolate. Misture em velocidade mais baixa.
4. Acrescente à mistura a farinha, o cacau e o bicarbonato em 4 vezes, alternando com a água fervente. A massa será bastante líquida. Despeje-a na forma e asse por +-40 minutos. Abaixe o fogo para 160ºC e asse por mais 15 minutos. Um palito inserido no bolo pronto sairá ainda úmido.
5. Este bolo DEVE ser assado em forma de bolo inglês, e ele não fica com a casca durinha como os outros bolos que estamos acostumados. Quem não tem forma de bolo inglês, uma opção (que ainda nao testei) é aquelas formas altas com um furo no meio. Este tipo de bolo é chamado High Ratio Cake.
terça-feira, 5 de maio de 2009
O melhor pão que eu já fiz... E o mais caro também
People, o pão que fiz com a massa pre-fermentada ontem ficou ANIMAL. Muito, mas muito bom mesmo. Consegui deixar com a casca super crocante, parecido com pão italiano. Como não tenho forno especial, tive que seguir a recomendação do livro que comprei, BakeWise, para conseguir vapor. E é exatamente por isso que o pão de ontem foi o mais caro que já fiz.
Yes, eu consegui quebrar uma Le Creuset. UMA LE CREUSET!!!! O livro dizia para pré aquecer o forno com uma assadeira cheia de pedras, em contato com o fogo, e eu logo pensei: bom, vou pegar a minha Le Creuset, pois ela aguenta altas temperaturas. Até aí tudo certo. Chamei o Lu pra me ajudar na saga, pois tínhamos que abrir o forno, colocar os pães, jogar agua fervendo na assadeira com as pedras e fechar rapidamente o forno pro vapor nao sair. Como o livro havia dito pra ter MUITO cuidado para nao haver queimaduras nos braços e mãos, eu e O lu estávamos vestidos praticamente com armaduras, tamanho era o medo. Bom, nas primeiras gotas de agua já ouvimos o estalo da LeCreuset se quebrando. ARHHHHHHHH!!!! Enfim... Uma hora depois... Hummm, que pãozinho bão!
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Recomeço
Segunda, 5 de maio. Hoje escrevo meu primeiro post. Talvez ninguém nunca chegue a ler o que escrevo (os talvez apenas minhas amigas queridas e o marido, simplesmente porque vou obrigá-los, hehehe), mas hoje começo a colocar aqui um pouquinho do que tenho aprendido nestes últimos tempos no que diz respeito a cozinha e afins.
Estou chamando de recomeço porque de certa forma estou numa fase de re-começos: hoje voltei a correr (aliás, sabiam que corro desde 2001 e nunca, repito, NUNCA consegui me "viciar" em corrida? Pra falar beeeem a verdade, corro SÓ porque emagrece), tenho um trabalho novo saindo do forno, talvez este ano eu tenha um filho... Enfim, é muita coisa nova acontecendo. Coisas boas e coisas ruins também, mas como diz meu querido Tio Tonhão, sofrer endurece o couro. E bola pra frente! E assim começo meu novo blog! Bem vindos!
Hoje estou testando duas coisas novas: queijo cottage e fermento para pães (poolish). Yes, em cima da minha geladeira há uma jarra com uma mistura de fermento + água + farinha borbulhando, sinalizando que ali estão nascendo milhões de bactérias que virarão um delicioso pão hoje à tarde. Pra quem quiser anotar a receita, aí vai (depois coloco a receita do pão, se ficar bom, claro!).
Poolish
2 g de fermento fresco
473 ml água (2 copos)
447 g farinha (3 1/2 copos)
Misture bem os ingredientes num bowl (pode ser com a batedeira em velocidade baixa) por aproximadamente 2 minutos. Cubra com um pano e deixe descansar por 12-16h.
Estou chamando de recomeço porque de certa forma estou numa fase de re-começos: hoje voltei a correr (aliás, sabiam que corro desde 2001 e nunca, repito, NUNCA consegui me "viciar" em corrida? Pra falar beeeem a verdade, corro SÓ porque emagrece), tenho um trabalho novo saindo do forno, talvez este ano eu tenha um filho... Enfim, é muita coisa nova acontecendo. Coisas boas e coisas ruins também, mas como diz meu querido Tio Tonhão, sofrer endurece o couro. E bola pra frente! E assim começo meu novo blog! Bem vindos!
Hoje estou testando duas coisas novas: queijo cottage e fermento para pães (poolish). Yes, em cima da minha geladeira há uma jarra com uma mistura de fermento + água + farinha borbulhando, sinalizando que ali estão nascendo milhões de bactérias que virarão um delicioso pão hoje à tarde. Pra quem quiser anotar a receita, aí vai (depois coloco a receita do pão, se ficar bom, claro!).
Poolish
2 g de fermento fresco
473 ml água (2 copos)
447 g farinha (3 1/2 copos)
Misture bem os ingredientes num bowl (pode ser com a batedeira em velocidade baixa) por aproximadamente 2 minutos. Cubra com um pano e deixe descansar por 12-16h.
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